Audiência delibera por comissão para resolução dos entraves do Parque Industrial de Foz

por Diretoria de Comunicação última modificação 14/10/2019 12h48
Pedido de suspensão dos processos judiciais até que seja aprovado novo projeto do distrito será encaminhado ao Executivo

Os gargalos do parque industrial de Foz do Iguaçu são muitos, dentre eles, falta de infraestrutura adequada e necessidade de flexibilizar a legislação para facilitar as atividades das empresas e o desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu. O debate ocorreu em audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 11 de outubro. A discussão foi conduzida pela vereadora Anice Gazzaoui (sem partido), autora do requerimento em conjunto com o presidente da Câmara, Beni Rodrigues (PSB). Como deliberação da audiência, foi formada uma comissão de trabalho. Outra decisão é o pedido de suspensão dos processos judiciais até que seja aprovado novo projeto do distrito.

As principais demandas dos empresários da região referem-se a temas como a legislação atual, que segundo eles precisa ser revista. A regularização das áreas também foi outro dado alardeado na audiência. O debate em si amplificou a voz dos empresários que há muitos anos sofrem com os entraves.

“Vamos dar continuidade formando uma comissão de trabalho para resolução dos problemas pontuados nesta audiência. Encaminharemos um ofício ao Prefeito para que ele indique os representantes legais do Executivo para fazer parte da comissão. A Associação dos Empresários do Distrito Industrial (Assedifi) também vai nos enviar os nomes que comporão a comissão. Ao mesmo tempo, vamos cobrar Copel e Sanepar, que não compareceram ao debate”, declarou a vereadora Anice Gazzaoui.

Respostas para a geração de empregos

O vereador Luiz Queiroga (DEM), pontuou: “Na Legislatura passada nós promovemos discussões a respeito Parque Industrial, com relação à identificação de ruas, placas. Novamente estamos aqui e nos colocamos à disposição para resolvermos os problemas”. O vereador Marcio Rosa (PSD) disse “o governo precisa dar respostas que os empresários precisam para gerar emprego e renda, incentivar que o empresário tenha condição de produzir”.

O vereador Edílio Dall´Agnol (PSC) disse: “Se não for para frente agora, vamos desistir. Precisamos unir nossas forças, ali é geração de emprego, a vida das pessoas e de muitas famílias. Não vamos deixar nada para o ano que vem, isso precisa ser resolvido este ano”.

O vereador Celino Fertrin (PDT) acrescentou: “Agora que estão arrumando a questão das galerias do distrito. Fizemos uma emenda ao projeto contemplando parque industrial e empresarial para que as pessoas não fossem prejudicadas. Mas, ainda está muito a desejar a questão do parque industrial”. O vereador Rogério Quadros (PTB) falou que “hoje o problema está aí. Temos de trabalhar para resolver os problemas do passado”.

A vereadora Inês Weizemann (PSD) destacou: “Estamos caminhando, mas com a clareza de que 30 anos é muito tempo para os problemas se arrastarem (referindo aos distritos mais antigos). O vereador Darci DRM (sem partido) relatou que “até hoje tem local que não tem luz elétrica e nem esgoto. Se a gente não der incentivo aos empresários, como eles vão progredir, gerar empregos?”.

Esforço conjunto para resolver os entraves

Dentre os vereadores presentes estavam ainda: Edson Narizão (DEM), Elizeu Liberato (PL), Marino Garcia (sem partido). Com relação às outras autoridades estavam presentes representantes das Secretaria de Obras, de Indústria, Comércio, planejamento. O vereador Elizeu Liberato (PL) memorou: “Trabalhamos no projeto de lei, trabalhamos com os entraves das CNAES. As leis de outros municípios são anteriores à lei de responsabilidade fiscal, porque essa lei veta algumas situações.

O vereador Edson Narizão (DEM), que também é morador do bairro Morumbi, em que é localizado um dos parques industriais da cidade. “Acho que precisamos dar uma solução. Fomos a Santa Terezinha e vimos muita diferença. Temos que desfazer os nós que estão amarrando essa situação no que se refere à legislação”. O vereador Marino Garcia (sem partido), também morador do Morumbi, afirmou: “estamos há dias em diálogo com Executivo, sentimos a dificuldade dos empresários".

Osli Machado, Procurador Geral do Município, também se pronunciou:  “Deixo a mensagem que enquanto Poder Executivo vamos trabalhar em conjunto com a Câmara, que esta sim pode mexer na Legislação. Reconhecemos que temos muitos problemas, queremos trabalhar junto e achar solução".

Empresários pedem flexibilização da lei

O representante dos empresários da região foi à tribuna expor o drama pelo qual passam. “Estamos aqui para pedir que flexibilizem nossas leis para termos condições de trabalho. Os empresários começaram a fazer uma via sacra para concluir os projetos. Qual a saída? Continuar lutando para se manter? Não é justo”, destacou Rigoberto Saggin. 

A advogada Cristiane Silva expôs: “Represento alguns empresários da área. Gostaria de pontuar a possibilidade de que todos os processos relativos à área que correm junto à Fazenda Pública que possamos realizar um negócio de processo jurídico processual, a fim de que possam implementar um novo prazo, uma nova prática, podendo dar um tratamento digno aos empresários”.

Kelyn Trento, representando a Agência do Trabalhador, afirmou que “é muito importante a gente ouvir o anseio dos empresários. A meu ver, não tem outra saída senão a alteração legislativa, para que a gente possa resgatar e melhorar a empregabilidade dessa cidade”. O engenheiro Vicente Veríssimo, do DNIT, acrescentou: “Vemos que a situação está realmente difícil. “Vamos fazer de tudo para que essa obra que vai acontecer, da perimetral, para que traga benefícios para a região”.

Tribuna livre

Célia da Rosa, engenheira e empresária do distrito, afirmou: “Fui para área industrial. Tenho uma empresa lá no distrito e precisamos realmente de apoio. Precisamos nos unir e resolver a situação”.

 “Mudem a lei, façam com que o empresário tenha algum benefício. Adquirimos uma área e pagamos por ela, mas estamos à mercê da Prefeitura, porque sou dono, mas não sou”, afirmou Roque Pandolfo.

Flori Oliveira destacou: “Investimos tudo o que tínhamos e mais um pouco. Minha vida de 30 anos eu investi. Tudo o que tenho na minha vida está ali e não sou dono, é uma concordata”.


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