Câmara realiza reunião com setores da saúde para esclarecer dúvidas de atendimento covid

por Diretoria de Comunicação última modificação 18/03/2021 13h49
Foram abordados: preocupação com estoque de sedativos; problema de automedicação; ocupação e espera por leito de UTI e ampliação de testagem

Os Vereadores realizaram uma reunião virtual nesta quinta-feira, 18 de março, com Diretor do Hospital Municipal, Sérgio Fabriz; Adriano Pavan, Coordenador das UPAs e Elaine Cristina; representando a Atenção Básica do município. Na oportunidade, foram esclarecidas algumas dúvidas sobre atendimento covid no município; preocupação com a automedicação; quantidade de pessoas aguardando por leito de UTI; ampliação da testagem e preocupação com estoque de sedativos, um alerta já feito pelo Governo do Estado aos municípios Paranaenses.

Sérgio Fabriz, Diretor do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, afirmou “nos próximos dias devemos redução de procura hospitalar. As medidas que foram tomadas do ponto de vista da restrição estão fazendo com que abaixe nossa curva de casos positivos. Tivemos dias que já atendemos 180, 200 pessoas nas UPAS e nos últimos dias tivemos um pouco de redução, mas ainda não refletiu na diminuição dos internamentos hospitalares”. Além disso, Sérgio afirmou que “atualmente há 34 pessoas aguardando vaga de UTI; 16 de enfermaria e aproximadamente 30 pessoas em observação”.

Agravamento de casos de pacientes que fizeram automedicação

Adriano Pavan, Coordenador das Upas, explicou que “nosso farmacêutico está laudando, após o exame que o paciente está ou não com o vírus naquele momento, então ele tem obrigatoriedade sanitária e técnica de passar as informações para a vigilância. O que tenho recebido de pacientes na UPA do Morumbi, que fez o exame na farmácia e já saiu com os medicamentos de lá e depois o quadro foi se agravando. Quando chega aqui na Unidade é triste a situação, às vezes já está com pulmão comprometido, em 50%, às vezes 70%”.

Atendimento de covid nas UBS

Elaine Cristina, representando Diretoria de Atenção Básica, explicou a ampliação do atendimento covid para algumas unidades básicas de saúde e no que isso refletiu no atendimento da rede hospitalar. “Conseguimos ampliar acesso ao usuário. Colocando esse atendimento em 10 unidades, distribuímos e fizemos o atendimento. O principal objetivo foi permitir o acesso e também dar a forma adequada de tratamento. Está tudo de acordo com protocolo do Ministério da Saúde”.

Dificuldade de levar internamento covid para Poliambulatório

Houve questionamento por parte dos parlamentares a respeito da possibilidade em se equipar leitos covid na estrutura do Poliambulatório. Contudo, Sérgio Fabriz, esclareceu que “é inviável levar o atendimento covid pra lá, principalmente por conta da rede de oxigênio. Pensamos de levar outro setor do Hospital pra lá, caso precise. Talvez a ortopedia, por exemplo. Os leitos do hospital são mais preparados para atender pacientes mais graves de covid”.

Ampliação testagem covid e redução de tempo de espera por resultado dos exames

Adriano Pavan ponderou a importância do quadro clínico do paciente no diagnóstico. “A clínica do paciente é determinante, o exame é complementar. Precisamos falar para população que mesmo que o exame não tenha saído, mas se a pessoa não estiver bem, tem que vir pra ser atendida”.

Sérgio Fabriz contribuiu no mesmo sentido “a questão clínica precede qualquer tipo de exame. Junto com o Prefeito conseguimos no Ministério da Saúde 10 mil exames RT-PCR que estão para chegar. Compramos também uma máquina nova, com recursos da Itaipu, para processar esses exames que vêm do Ministério da Saúde. Quando chegar essa máquina teremos 30 mil exames de RT PCR e poderemos voltar a soltar exames em no máximo 36 horas pelo Hospital Municipal e não precisaremos mandar para o Lacen”.

Impossibilidade fazer exame RT-PCR em atendimento domiciliar


Questionado também sobre a possibilidade de fazer coleta de exame covid RT-PCR nos atendimentos domiciliares, Sérgio Fabriz explicou os entraves para essa medida. “Não há possibilidade de fazer RT-PCR nas casas porque o material coletado precisa ser colocado em geladeira e tem um tempo pra isso. Senão corre-se o risco de perder qualidade ou o exame. Corremos o risco de soltar muitos exames falso negativos”.