Conscientização sobre depressão na adolescência terá campanha permanente em Foz
A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu aprovou o Projeto de Lei n°178/2025, que institui a Campanha permanente de Conscientização sobre a Depressão na Infância e na Adolescência. A proposta agora aguarda sanção do Executivo. O objetivo é focar na saúde mental de jovens.
De autoria do vereador Sidnei Prestes (Mobiliza), o projeto visa suprir a falta de informação entre pais, educadores e sociedade em geral, além de enfrentar a escassez de recursos para diagnóstico e acompanhamento adequados - fatores que contribuem para a falta de tratamento do público infanto-juvenil. Nesse contexto, a atuação do Poder Público Municipal torna-se importante para promover ações de prevenção e intervenção.
De acordo com matéria veiculada na imprensa nacional, um levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Ministério da Saúde, revela que, a cada dez minutos, um adolescente comete algum tipo de autolesão ou tenta tirar a própria vida no Brasil.
A justificativa do Projeto destaca que o investimento priorizará a saúde mental das crianças e adolescentes, construindo uma sociedade mais consciente, resiliente e preparada para enfrentar os desafios, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos moradores de Foz. A ideia é que a população tenha pleno conhecimento dos sintomas, da importância do diagnóstico precoce e quais os tratamentos disponíveis na rede pública.
A proposta cita que uma das diretrizes da campanha será a divulgação dos sintomas mais comuns da doença, como: sono instável, irritabilidade repentina, alterações nos hábitos alimentares, cansaço constante, apatia, hipoatividade ou hiperatividade, choro excessivo, medos frequentes, retraimento social e queda no rendimento escolar.
Após a sanção do prefeito e a transformação do projeto em lei municipal, a campanha será avaliada anualmente pelo Poder Executivo, em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e o Conselho Municipal de Saúde, a fim de aferir sua efetividade, impacto e necessidade de eventuais ajustes.