Índice de Mortalidade Infantil em Foz é tema de questionamento na Câmara

por Diretoria de Comunicação última modificação 21/10/2021 14h19

A mortalidade infantil, importante indicador da qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e educação de uma cidade, país ou região, foi motivo de requerimento na Câmara de Foz. A proposição, de autoria do vereador Cabo Cassol (Podemos), solicita ao Executivo informações sobre o tema no município de Foz do Iguaçu. O requerimento foi aprovado e será encaminhado às autoridades competentes.

“É assustador o salto da mortalidade infantil que tivemos, precisamos acompanhar de perto a gestão da saúde. Em 2020 nasceram 4.161 e tivemos índice de 8,89 de mortalidade. Em 2021 nasceram mais de 6 mil crianças e o índice saltou para 14. É assustador”, salientou Cabo Cassol.

A taxa de mortalidade infantil é um indicador social representado pelo número de crianças que morreram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. Segundo o requerimento do parlamentar, houve um aumento expressivo da mortalidade infantil em Foz, o que motivou alguns questionamentos.

Os pontos abordados foram: quais os motivos que levaram os índices de mortalidade infantil a dar um salto comparando 2020 com 2021, sendo que no ano de 2020 a taxa de mortalidade infantil era de 8,89%, com um total de 4.161 nascimentos, e em 2021 a taxa evoluiu assustadoramente para 14,37% de óbitos com um número bem menor de nascimentos, 2.645?; quais mecanismos a gestão da saúde no município se utiliza para acompanhar e combater a mortalidade infantil no município de Foz do Iguaçu?; Segundo o relatório da Divisão de Vigilância Epidemiológica, as regiões dos distritos sanitários Norte, Sul, Leste e Nordeste concentram altas significantes nas taxas de mortalidade infantil, enquanto apenas o distrito Oeste conseguiu redução nos óbitos de recém-nascidos, cerca de 38% ‘e quais planos de ação a atual gestão tem programado para os próximos dois anos, tendo em vista que é inaceitável um índice tão elevado em mortalidade infantil no âmbito do município’.

“Os números são preocupantes. O que está acontecendo em nossa cidade, com as crianças, com as mães? Precisamos olhar com seriedade e profissionalismo para nossa saúde pública”, contribuiu o vereador João Morales (DEM). A vereadora Anice Gazzaoui (PL) ponderou: “Esse requerimento é muito importante, a nossa situação é complexa. Somos cidade referência, atendemos a nossa demanda e a do Paraguai. Temos turistas todos os meses e todos os dias. Sabemos que 2019 foi o ano que passou mais de 1,5 milhão de turistas. Outra questão que precisamos abordar é que temos dificuldades em ter neurologista pediátrico. Temos escassez desses profissionais no Brasil e demanda muito maior em Foz. Não é fácil administrar a saúde. Eu sei como funciona o sistema porque fui diretora da 9ª regional”.

“Dizer que Foz é a cidade que tem mais caso de covid no Paraná é uma informação deslocada e que pode confundir. Foi feito um estudo que Foz é a cidade com maior número de mortes comparativamente. Mas, sabemos que não temos apenas só 260 mil habitantes. A quantidade de mortes e número de habitantes registrados, não é bem assim. Essa é uma informação que pode ser distorcida. A gente está com vacinação em índice maravilhoso, somos exemplo no Paraná. O chefe da Casa civil esteve aqui e fez uma fala belíssima destacando o avanço da saúde em Foz”, se posicionou a vereadora Yasmin Hachem (MDB).