Legislativo amplia debate sobre segurança alimentar e Agricultura Familiar

por Herika Quinaglia última modificação 16/05/2022 10h55
Políticas públicas para a pasta e destinação de orçamento foram os principais pontos da discussão
Legislativo amplia debate sobre segurança alimentar e Agricultura Familiar

Foto: Herika Quinaglia

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu realizou uma audiência pública, na última sexta-feira, 13 de maio, com intuito de debater a expansão da Agricultura Familiar e também dialogar sobre as políticas de segurança alimentar do município. O evento foi conduzido, em conjunto, entre os vereadores: Alex Meyer (PP) e Adnan El Sayed (PSD), ambos proponentes da Audiência. Produtores e profissionais técnicos envolvidos no trabalho da agricultura familiar na cidade falaram como expositores durante o debate.

O Vereador Alex Meyer, abriu o debate falando sobre a relevância da agricultura familiar para a economia do município e da importância do apoio para essa classe “Com certeza faremos projetos que beneficiem esses trabalhadores”, pontou o vereador.

Luci Andreghetti, Presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar de Foz do Iguaçu (COAFFOZ), uma das expositoras, destacou a importância da destinação de verbas públicas que amparem o produtor rural familiar. “A agricultura familiar é uma realidade em Foz do Iguaçu e no Brasil. Mas além da produção dos alimentos temos as famílias que dependem desse trabalho. É urgente que se pense em projetos de lei que amparem os produtores de foz".

No mesmo sentido, Edimar Silveira, engenheiro agrônomo, complementou o debate sobre recursos para a área, ressaltando a importância da inclusão da pasta da agricultora na lei diretrizes orçamentaria (LOA): "Uma das coisas que precisamos levar em consideração é importância do orçamento, a gente entende que precisamos programar isso para o ano que vem, mas também precisamos estar inseridos nessa programação. Além disso é necessário se pensar em um lugar de comercialização dos nossos produtos".

O Secretário Municipal de Desenvolvimento Comercial, Industrial e Agropecuário, Vilmar Andreola, destacou as ações que estão já sendo executadas pela Prefeitura e encerrou sua fala se comprometendo com os produtores: " Quero dizer aos agricultores que a nossa secretária e toda a nossa diretoria está à disposição iremos fazer o atendimento da pasta da agricultura todas as quartas feiras, durante o dia todo", pontuo.

Os parlamentares comentaram até mesmo a criação de uma comissão especial para tratar da insegurança alimentar no município. “Vamos instaurar uma Comissão Especial (CE) de segurança alimentar com a participação dos agricultores, já que o tema da segurança alimentar está diretamente ligado a agricultura familiar” disse o Vereador Adnan em momento de encerramento da Audiência Pública.

Lei específica para agricultura familiar no município

“Pedimos tanto a questão de uma lei específica do município para agricultura familiar porque precisamos pensar na criação de um fundo para que possamos ter o fomento para os agricultores, em uma estruturação da cadeia produtiva, das estufas. Temos dificuldade em atender a merenda escolar quando temos por exemplo previsão de dias de geada”, disse Edimar Silveira.

Segundo Silveira, “só alimentação de crianças com produtos da agricultura familiar compreende 40 mil refeições Foz. Hoje nossa cooperativa tem 180 famílias que alimentamos essas 40 mil refeições, então qualquer ajuda que for dada para agricultura familiar o impacto é grande”.

Insegurança alimentar no contexto de Foz do Iguaçu

Mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de alimento do mundo, grande parcela da população não tem acesso aos alimentos básicos necessários para a vida cotidiana. Durante a audiência pública, foi discutido o contexto necessário para que a população tenha acesso à alimentação de qualidade e em quantidade suficiente.

As estudantes do curso de administração e Políticas Públicas da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (UNILA), Nathasha Savério e Kauana Cassel, apresentaram dados de uma pesquisa nacional de insegurança alimentar no Brasil e os impactos da pandemia no número de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentícia.

" A causa da insegurança alimentar no município é a má distribuição de renda e o desemprego e, como consequência temos a fome, a desnutrição e problemas de saúde" pontuou a estudante.

Participações

O debate ainda contou com a presença do Deputado Estadual Vermelho (PL), a vereadora Anice Gazzaoui (PL), Secretária Municipal de Direitos Humanos Kelyn Trento, Jan Albert Diretor de Licenciamento e Controle Ambiental e o Presidente da APROFFOZ Carlos Polla Conte.